segunda-feira, 4 de agosto de 2014

LIXO QUE PRODUZIMOS NÃO CAUSA IMPACTO SÓ EM NOSSA REGIÃO

LIXAO7 - RJ - 03/06/2012 - LIXÃO GRAMACHO/FIM - CIDADES OE JT - Geraldo da Silva Oliveira de 59 anos, conhecido como Brizola, e Roberta Alves de 35 anos, conhecida como Docinho (foto) ele foi catador por 22 anos e ela 15 anos em Gramacho (Choram). Após 34 anos de funcionamento o Aterro Sanitário de Gramacho foi fechado. Em clima de festa o prefeito da cidade, Eduardo Paes colocou o cadeado na entrada do depósito neste domingo (3), o maior da América Latina. No local, funcionará a Usina de Biogás, que vai contribuir para o desenvolvimento sustentável da cidade, através do uso do biogás como substituto do gás natural. Além de fins energéticos, a usina também ajudará a reduzir o metano na atmosfera. Foto: WILTON JUNIOR/AGENCIA ESTADO/AELIXAO7 - RJ - 03/06/2012 - LIXÃO GRAMACHO/FIM - CIDADES OE JT - Geraldo da Silva Oliveira de 59 anos, conhecido …
      Em vez de reduzir, o brasileiro produziu mais lixo em 2013. O aumento foi de 4,1% em relação ao ano anterior, o que representa quase 3 milhões de toneladas a mais no ano. Tais números não só situam o Brasil na quinta posição entre os que mais produzem lixo no mundo - atrás de Estados Unidos, China, União Europeia e Japão -, como confirmam que o País está longe de atingir as metas estipuladas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305, de agosto de 2010. Na média por habitante também houve alta, de 0,39%, segundo levantamento inédito da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

       Já a coleta recuou. "Deixamos de coletar 10% de todo o lixo produzido. São cerca de 20 mil toneladas por dia que nem sequer foram para o lixão. Acabaram jogadas em córregos ou no meio da rua", afirma o diretor-presidente da entidade, Carlos Silva.

     Na lista de avanços previstos pela lei, a redução do volume de lixo é tratada como prioridade, assim como a eliminação completa dos lixões e, em seu lugar, a construção de aterros sanitários. Nesse quesito, o cenário também é negativo: 40% dos resíduos ainda têm destino inadequado, apesar de o governo federal ter estipulado a data de ontem, 2 de agosto, como limite para cumprir a meta (veja quadro).

       Nem alguns dos lixões mais emblemáticos do Brasil foram fechados. O lixão da Estrutural, a 16 quilômetros do Palácio do Planalto, em Brasília, está na lista. Com 124 hectares, recebe diariamente 2.700 toneladas de lixo produzido pelos 2,8 milhões de moradores do Distrito Federal

Só em 2060 
     Até a lei ser cumprida, porém, tanto o Estrutural quanto os demais lixões presentes em 3.344 dos 5.570 municípios brasileiros continuarão a receber milhares de toneladas de lixo por ano, contaminando o solo, o lençol freático e provocando danos à saúde da população. As Regiões Norte e Nordeste são as que apresentam os piores índices. Em ambos os casos, mais de 75% dos municípios descartam o lixo de forma inadequada. Nesse ritmo, segundo a Abrelpe, os lixões só terão fim no Brasil em 2060.

        Oficialmente, o governo federal não se diz favorável à ampliação do prazo por até oito anos, mas tentará impedir que os prefeitos que não cumpriram as metas sejam punidos com multas ou processos em pleno ano eleitoral. "Esta é a hora de pressionar. Essa discussão precisa ir para as ruas", diz Silva, da Abrelpe.

Fonte: O Estadão Conteúdo
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