segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

TIROS, REFÉNS E EXPLOSÃO NA SERRA GAÚCHA

        Conhecido pela preservação de seu casario da colonização italiana, o município de Antônio Prado, na Serra, viveu uma madrugada de terror. Por cerca de 40 minutos, policiais trocaram tiros com um grupo de criminosos que atacou uma agência do Banco do Brasil, no sábado. Durante a ação, pelo menos quatro criminosos – armados com fuzis, escopetas e pistolas – fizeram disparos contra agentes de um Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar, na cidade de 12 mil habitantes. 
         Os bandidos explodiram dois terminais de autoatendimento e levaram uma quantia de dinheiro ainda não informada. Cédulas ficaram espalhadas pela escadaria do banco, na fuga. Ao escapar, os quadrilheiros tomaram cinco pessoas como reféns. 
        Os bandidos quebraram com tiros as lâmpadas dos postes na frente da agência bancária e dispararam, ainda, contra casas no entorno. Um carro que estava estacionado próximo teve os vidros estilhaçados. Após percorrerem cerca de 30 quilômetros e chegarem ao município de Vila Flores, trocaram mais tiros com a BM. Lá, abandonaram o Mégane em que estavam e dois dos reféns. O veículo, roubado em Caxias do Sul, foi encontrado pouco antes das 6h de sábado. O delegado Juliano Ferreira acredita se tratar da quadrilha do foragido número 1 do Estado, Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos, líder de um bando responsável por ataques a bancos com uso de explosivos, principalmente na Serra. Ferreira descarta a possibilidade de o bando pertencer à mesma quadrilha que, na tarde de sexta-feira, invadiu o Banco do Brasil em Nova Pádua, a 45 quilômetros dali, roubou dinheiro da agência e obrigou clientes e funcionários a formarem um escudo humano na fuga.  

Fonte: jornal Zero-Hora, ed. 16/12( domingo) (Página 32 com foto)

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