Conhecido pela preservação de seu casario da
colonização italiana, o município de Antônio Prado, na Serra, viveu uma
madrugada de terror. Por cerca de 40 minutos, policiais trocaram tiros com um
grupo de criminosos que atacou uma agência do Banco do Brasil, no sábado.
Durante a ação, pelo menos quatro criminosos – armados com fuzis, escopetas e
pistolas – fizeram disparos contra agentes de um Pelotão de Operações Especiais
(POE) da Brigada Militar, na cidade de 12 mil habitantes.
Os bandidos
explodiram dois terminais de autoatendimento e levaram uma quantia de dinheiro
ainda não informada. Cédulas ficaram espalhadas pela escadaria do banco, na
fuga. Ao escapar, os quadrilheiros tomaram cinco pessoas como reféns.
Os bandidos quebraram com tiros as
lâmpadas dos postes na frente da agência bancária e dispararam, ainda, contra
casas no entorno. Um carro que estava estacionado próximo teve os vidros
estilhaçados. Após percorrerem cerca de 30 quilômetros e chegarem ao município
de Vila Flores, trocaram mais tiros com a BM. Lá, abandonaram o Mégane em que
estavam e dois dos reféns. O veículo, roubado em Caxias do Sul, foi encontrado
pouco antes das 6h de sábado. O delegado Juliano Ferreira acredita se tratar da
quadrilha do foragido número 1 do Estado, Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos,
líder de um bando responsável por ataques a bancos com uso de explosivos,
principalmente na Serra. Ferreira descarta a possibilidade de o bando pertencer
à mesma quadrilha que, na tarde de sexta-feira, invadiu o Banco do Brasil em
Nova Pádua, a 45 quilômetros dali, roubou dinheiro da agência e obrigou
clientes e funcionários a formarem um escudo humano na fuga.
Fonte: jornal Zero-Hora, ed. 16/12( domingo) (Página 32 com foto)
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