quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Programa de enfrentamento ao crack prevê internação compulsória

         O governo federal lançou nesta quarta-feira mais um programa de enfrentamento ao crack. Desta vez, a promessa é investir R$ 4 bilhões da União, em articulação com estados, Distrito Federal, municípios e sociedade civil. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o plano prevê a ampliação dos consultórios de rua - serão 308 até 2014. Esses ambulatórios móveis contarão com a presença de profissionais como médicos, enfermeiros, psicólogos e lideranças locais. São eles que irão determinar se é necessária a internação compulsória, medida polêmica que divide a comunidade médica.

"Epidemia"
      O mote da atual campanha é "Crack, é possível vencer". O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comparou o momento atual no combate à droga à epidemia de Aids no início da década de 80, quando a comunidade médica se viu diante de questionamentos éticos e de como atuar para resolver o problema. Na visão de Padilha, a Aids agora está sob controle e a saúde encontrou uma forma de atuação. Isso, segundo acredita, deve se repetir com o crack.

     "O crack tem a mesma dimensão deste desafio. No conceito técnico, estamos, sim, diante de uma epidemia de crack em nosso país", afirmou o ministro, observando que de 2003 até o momento aumentou em 10 vezes o número de atendimento na rede de saúde aos dependentes químicos, o que inclui outras drogas além do crack.
Tráfico de drogas
Na área de combate ao tráfico, o ministério da Justiça disse que irá atuar em conjunto com os estados e municípios. Sem dar detalhes de como isso ocorrerá, por alegadas questões de segurança, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que haverá monitoramento de imagens nas chamadas cracolândias, inclusive para evitar distorções e desvios dos próprios policiais.


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