quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Direitos Humanos: para quem? - Do leitor.


       Ao vermos todos os dias notícias sobre roubos, sequestros e outros crimes, que se tornaram comuns, nós sociedade muitas vezes exigimos providências enérgicas das polícias. Porém, quase ninguém se preocupa com as conseqüências que algumas destas providências possam acarretar na vida destes profissionais.  Um policial vê em um dia o que qualquer pessoa levaria anos para ver.  Durante o enfretamento do crime, tem que decidir em segundos o que um juiz, por exemplo, levaria meses. É matar ou morrer. Digo isso, pois tenho amigos e familiares que são policiais, e como se não bastasse, perdi o meu melhor amigo: meu pai, que era policial e foi morto em serviço.
     Fatos noticiosos sobre morte de policiais são corriqueiros, bravos homens e mulheres que morreram defendendo a sociedade. Eu e você. Mas o que mais me surpreende é o descaso com a situação. Como se fosse à coisa mais normal do mundo. Como essas pessoas não tivessem valor nenhum.  Cabe-nos reconhecer que essas pessoas vêm de sociedade, assim como nós, e dedicam suas vidas a defesa da paz e da tranqüilidade.
      Esse contexto nos deixa uma dúvida: Cadê os órgãos de defesa dos direitos humanos? Direitos Humanos são só para bandidos?Certamente essa deve ser a mesma dúvida que permeia a vida dos familiares, esposas, filhos, pais, que perderam seus entes queridos para o crime. Assim como minha mãe e eu, há trinta anos. Além do próprio descaso das instituições policiais, que se preocupam apenas em dar uma satisfação a sociedade.
    Infelizmente, a realidade é que ainda muitas famílias chorarão a perda de seus filhos e filhas, para essa guerra sem fim. O que é marcado ainda mais pela atual inversão de valores. Direitos Humanos só são defendidos quando as vítimas são bandidos. E super heróis só existem nas histórias em quadrinhos.
Sérgio Taipina.

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