Sejamos sinceros os hormônios falam mais alto do que os preceitos religiosos entre os jovens, que se afastam das igrejas. A posição retrógrada das igrejas em relação ao sexo, cada vez mais distante da realidade dos jovens, é um dos fatores que afastam a juventude da religião. Uma pesquisa inédita com universitários entre 17 e 25 anos que investigou, entre outros assuntos, o que eles pensam sobre a orientação de suas igrejas no campo sexual mostrou quanto esta tese é verdadeira. Das 374 pessoas que responderam a essa questão, 65% discordaram das determinações religiosas. A enquete torna clara uma impressão que estava no ar: se tiver de escolher entre a religião e o livre exercício de sua sexualidade, o jovem abre mão da primeira. “Ele acredita em Deus como um ser superior que não deve se meter em sua vida”, diz o teólogo Jorge Claudio Ribeiro, professor do departamento de ciência da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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