sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Da equipe do Blog...

Fatos como este só nos reforçam a ideia de que abuso de poder  e da função pública temos em todos os setores. Não podendo ser diferente na segurança pública, ou melhor, deveria ser diferente. Uma pergunta aguça nossos pensamentos: se um membro do alto escalão da BM acha justo lançar mão de diárias indevidamente, o que pensar dos praças (servidores com menores salários) que de forma digna buscam melhores condições de vida e de trabalho?
Sim, pois muitos foram condenados pela própria instituição por se manifestarem em prol deste objetivo.
Não há como pedir eficácia para policiais estaduais que trabalham sem a integração do ciclo policial ( investigativo, ostensivo e pericial), sem previsão orçamentária e no completo descaso e imediatismo político e corporativo dos Poderes de Estado que estimulam a formação insuficiente, treinamento precário, retrabalho, corrupção, ingerência partidária, aliciamento, "bicos" estressantes, conflitos entre instituições, enfraquecimento da autoridade, desconfiança no sistema, salários miseráveis, carceragens indevidas, desvios de função e más condições de trabalho, num cenário onde há leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário, insegurança jurídica, flagrantes de impunidade e falta de uma justiça coativa, diligente e compromissada com a paz social para dar continuidade aos esforços policiais.
A sociedade deve saber da luta pela   aprovação da PEC 300 a qual resgata a dignidade e o moral dos policiais que diuturnamente arriscam a vida em defesa da sociedade e da justiça. Valores perdidos diante das atuais políticas de descaso e fomento às desordens e insegurança.
Por essa razão ao ver um policial, trate-o com respeito, não com medo, pois ele está de braços abertos para proteger você e sua família, seja no sol, na chuva, no calor ou no frio.
E tenha em mente que só o dever policial para com a paz social compensa arriscar a vida para prender bandidos que portam armas de guerra e são beneficiados por leis fracas, justiça leniente, licenças sem monitoramento e execução penal precária e sem controle.
 Não desanimaremos, sabemos que a sociedade e a paz social precisam de nós. Que Deus nos proteja e ilumine com prudência, sabedoria e legalidade no cumprimento do dever.

Um comentário:

  1. Olá Anderson!
    Acabei de ler teu texto, achei bárbaro!
    Tu conseguiu expor, de forma clara, objetiva e verdadeira a realidade.
    Acredito, na necessidade de publicação, pois, um número maior de pessoas teriam acesso. Sugiro que envie ao jornal de maior circulação na cidade.
    Infelizmente, não posso te dar os parabéns, pois, seria até irônico frente ao que estamos tratando, mas, com certeza tua escrita deve ter divulgação para que as pessoas pensem com seriedade em segurança pública, ou melhor, na própria segurança.
    Um abraço,
    Ana Paula Gatiboni Faccin

    ResponderExcluir