quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em meio a tragédias.... muitas discussões.

Quantas crianças, jovens, adultos e idosos, precisarão morrer vítimas da violência e da criminalidade, para que nossos governantes e a sociedade, abra os olhos para a triste realidade que encontramos em nosso país?
Certamente até o final do mês, o assunto ainda será o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, o que ainda irá gerar muitas discussões sobre o assunto. Apartir daí Muitos especialistas apresentarão possíveis soluções para o problema da falta de segurança nas escolas. Tudo sem grandes questionamentos sobre a sociedade em si, sobre o modelo de ensino e mesmo sobre o irrestrito porte de armas. Nos EUA as chacinas se repetem e, da mesma forma, pouco é questionado sobre os reais motivos, sobre a estrutura da sociedade e sobre algo que hoje finalmente vem sendo tratado como um problema generalizado, o bullying.
Prática comum e que muitos pensavam restrita aos EUA, começou a ser vista mais profundamente no Brasil depois de vários casos de violência nos colégios do país. Mas a prática foi tomada como um fim em si mesmo, não como o reflexo de uma sociedade doente.
Além disso, os debates fundamentais não serão feitos: de que forma a lógica da Educação brasileira estimula e dá base para que situações assim ocorram? Como se dá e como se pode evitar a violência nas escolas? De que forma a valorização dos professores e o aperfeiçoamento das escolas pode modificar essa lógica? Sim, porque esse não é um caso isolado, é apenas o mais chocante das diárias manifestações, nas escolas, da violência social como um todo. Mais: por que tantas armas nas mãos das pessoas? Por que fábricas de armas patrocinam campanhas eleitorais? De que forma a própria mídia estimula a resolução violenta e individual dos conflitos sociais?
 Pois a exposição sensacionalista de um fato, sua transformação em espetáculo midiático, pode estimular a reprodução dos fatos, como ocorre nos Estados Unidos.
É muito importante que nossa legislação, comece a ser adaptada para enfrentar a nossa realidade, não adianta discutirmos sobre o desarmamento, sobre a diminuição da maioridade penal, sobre como programar medidas de segurança eficazes em nossas escolas, se não buscarmos conhecer primeiro o que motiva a maior parte destes problemas. Só assim, poderemos ser vitoriosos nesta busca, e não precisaremos ser mais, expectadores de tantas tragédias, pois podemos fazer parte desta luta.

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