Por Regis Tadeu | Na Mira do Regis
Confesso que tenho certa dificuldade em assimilar e deglutir tudo que vejo e ouço em relação a "ídolos teen". Principalmente, nos dias de hoje, em que ser adolescente é ter intelectualmente a mesma força de uma bolha de sabão no meio de um vendaval.
Tudo bem que o moleque superstar com o cabelo milimetricamente engomado tem apenas dezessete anos, gravou dois discos e se tornou a peça central de uma engrenagem de sonhos para adolescentes debilóides, na qual a música é o elemento menos importante. Infelizmente, tudo é meticulosamente encenado para cativar uma geração de meninas que só conseguem exprimir suas emoções com coraçõezinhos feitos com as duas mãos. Mas existe algo que me incomoda demais nesta história: a conivência dos pais.
Não sou pai e confesso que fico muito irritado quando vejo estas meninas chorando convulsivamente pelo tal de Bieber. Fico ainda mais enojado com o pseudodiscurso do fedelho, tão "simpaticamente correto" quanto falso. Não sei se você sabe, mas este papo "faria qualquer coisas por minhas fãs" é uma das mais celebradas e deslavadas mentiras do show business. Tudo é alimentado para que na cabeça de meninas que não sabem nada a respeito de sua própria sexualidade seja mantida a esperança de que cada uma pode vir a ser a "namorada do Justin". Ninguém está ali pela música, mas pela "beleza" do menino.
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