quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Dilma diz que aumento de casos de estupro no Brasil é "alarmante"

AFP

Brasília, 5 nov (EFE).- A presidente Dilma Rousseff qualificou nesta terça-feira como "alarmantes" os resultados de um estudo da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta segunda-feira, segundo os quais no ano passado foram registrados 50.617 casos de estupro, o que significa um aumento de 18,17% em relação a 2011.


De acordo com o levantamento, que foi feito com base nas estatísticas fornecidas por todas as secretarias de Segurança Pública dos estados, o número de estupros superou em 2012 os de homicídios dolosos (47.136).
"A violência contra a mulher é uma vergonha que a sociedade brasileira precisa superar. Para isso, são necessários o fim da impunidade dos agressores, o combate implacável ao preconceito sexista, o respeito às diferenças e o apoio e acolhimento às vítimas", publicou a ONG em sua conta no Twitter.
A presidente disse que, como as estatísticas só podem ser feitas em cima de casos efetivamente denunciados, elas podem não refletir a realidade em sua totalidade. Muitas vezes, as vítimas de estupro não dão queixa sobre o ocorrido por constrangimento. "Sabemos que estes registros são, infelizmente, subestimados", prosseguiu.
Dilma escreveu que seu governo "é defensor intransigente da igualdade de direitos entre mulheres e homens. Lutamos incansavelmente contra a violência que atinge as mulheres", declarou.
A governante afirmou ainda que "um grande passo foi dado com a Lei Maria da Penha, que tornou crime a agressão contra a mulher".
Pelo Twitter, Dilma anunciou o lançamento do programa "Casa da Mulher", que será mais um "instrumento para o combate efetivo à violência contra a mulher".
"Nessas casas, atuaremos em parceria com os demais poderes para coibir a violência contra a mulher e para ampliar e humanizar o acolhimento e a proteção à mulher vítima de violência", disse.
As casas, que serão construídas em todos os estados, reunirão no mesmo lugar delegacia da mulher, juizados e varas, defensorias, promotorias e equipe psicossocial de apoio às vítimas de violência.  EFE

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