segunda-feira, 8 de julho de 2013

Os perigos de deixar a criança sozinha em casa

     Pediatras e especialistas em comportamento infantil fazem seus alertas quanto aos graves riscos de se deixar um filho sozinho em casa. Por isso, recomendam o seu acompanhamento - bem de perto - até os 14 anos.
  Apesar dessas indicações, muitas vezes a rotina dos pais não permite cuidados permanentes aos menores. Tais desatenções ou ausências são os fatores responsáveis por sérios acidentes domésticos e diversos tipos de lesões (mesmo que não-intencionais) que configuram o principal motivo de morte de crianças e pré-adolescentes na faixa de 1 a 14 anos.
    É bom lembrar que, mesmo naqueles casos em que os pais acreditam que a criança "pode se virar sozinha", ela pode ser surpreendida por situações de risco que não consegue administrar.
Principais riscos
     Pediatras afirmam que os principais perigos são: asfixia (sobretudo em crianças menores), intoxicação com produtos de limpeza ou drogas, queimaduras com forno e fogão e quedas.

      Analisando esses riscos sob o aspecto comportamental,  psicólogos  explicam que o principal risco é atribuir a uma criança responsabilidades acima de sua capacidade.  Essa sensação de não saber lidar com determinado perigo pode se tornar algo traumático para a criança.
     Por sua vez, os médicos também mencionam  os acidentes que podem se tornar fatais, como um traumatismo craniano causado, por exemplo, por um simples tropeção em piso molhado na hora do banho. E também os casos de intoxicação por ingestão de plantas venenosas.
Com qual idade a criança pode começar a ficar sozinha?

Os pediatras acreditam que isso varia de criança para criança, dependendo do quão amadurecida é cada uma em particular. A  indicação é a partir dos 14 anos, levando em consideração, porém, que algumas crianças, mesmo nessa idade, ainda não têm responsabilidade e, portanto, não devem ainda ficar sozinhas.

Treinando o hábito da independência
Uma dica, a propósito, é fazer um 'test drive': comece deixando seu filho meia hora sozinho; depois, por uma hora. E, ao retornar a casa, veja se ele seguiu suas orientações e conseguiu se virar bem. A partir disto, vá fazendo as adaptações que considerar necessárias e analise as habilidades que precisam ser trabalhadas e ele ainda não possui. Depois é só ir aumentando esse tempo".

Para identificar essas habilidades por parte da criança, os pediatras defendem que: "O ideal é que a criança seja educada antes de ficar sozinha, ou seja, ela precisa fazer tudo com supervisão inúmeras vezes até o estágio de ficar realmente só". 
Como garantir a segurança dos "pequenos"
O principal cuidado é o não-uso de fogo e fogão, pois é aí que ocorre a maioria dos acidentes domésticos. Outra medida preventiva: deixar tudo facilmente acessível para as crianças, a fim de que elas não precisem subir aqui e ali (evitando-se, assim, possíveis quedas).  Jamais deixar a criança trancada em casa; é preciso garantir a sua fácil movimentação, como no caso de um incêndio, por exemplo.
Além do carinho da mamãe, do papai e de toda a família, podem ser observadas estas regrinhas valiosas:
- Deixar comida pronta para que a criança não corra o risco de se queimar mexendo no fogão (como destacado também pela pediatra e por Cláudia Puntel). Desligar o gás pode ser interessante;
- Deixar uma lista de contatos telefônicos importantes: como o dos próprios pais, de um vizinho, de familiares, polícia e bombeiros;
- Avisar alguma pessoa de sua confiança e/ou familiar que a criança ficará sozinha;
- Orientar a criança para não abrir a porta caso alguém apareça e nunca dizer que está sozinha (isto serve também para os possíveis telefonemas que receber de pessoas estranhas);
- Providenciar proteção devida em escadas e janelas;
- Pedir para a criança repetir em voz alta as regras estabelecidas e orientações para certificar-se de que, realmente, entendeu tudo;
- Deixar uma lista de afazeres para que a criança se mantenha ocupada e saiba exatamente o que deve ser feito.

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