Um levantamento realizado pela ONG Save de Children, em 176 países, revela que o Brasil é o 78º melhor lugar para mães criarem e terem seus filhos. Entre os melhores países estão os nórdicos, como a Finlândia, que encabeça o ranking de 2013. Na outra ponta, países da África subsaariana são os mais difíceis para ser mãe.
O ranking “Save the Children’s annual State of the World’s Mothers” leva em consideração indicadores como a saúde materna, índices de mortalidade infantil, níveis educacionais de mulheres, economia estabilizada e a política de cada país. Os melhores países para se ter um filho, portanto, são lugares que apresentaram pontuações máximas ou altas nesses fatores, como é o caso da Finlândia (1ª), Suíça (2º), Noruega (3º), Islândia (4º) e Holanda (5º).
Na outra ponta da lista, as altas taxas de mortalidade infantil preocupam os países da África subsaariana, onde também há um número elevado de jovens mães. Nos últimos lugares do ranking encontram-se países como República Democrática do Congo (176º), Somália (175º), Serra Leoa (174º) e Mali (173º), onde cerca de 20% das mães estão abaixo do peso.
Na República Democrática do Congo, por exemplo, uma mulher tem chance superior a 30% de morrer de causas maternas - incluindo o parto. Na Finlândia, primeira colocada, o mesmo risco é de um em cada 12.200 mulheres.
Melhores países | Piores países | ||
Posição | Países | Posição | Países |
---|---|---|---|
*Save the Children’s annual State of the World’s Mothers | |||
1 | Finlândia | 167 | Costa do Marfim |
2 | Suécia | 168 | Chade |
3 | Noruega | 169 | Nigéria |
4 | Islândia | 170 | Gâmbia |
5 | Holanda | 171 | República Centro Africana |
6 | Dinamarca | 172 | Níger |
7 | Espanha | 173 | Mali |
8 | Bélgica | 174 | Serra Leoa |
9 | Alemanha | 175 | Somália |
10 | Austrália | 176 | República Democrática do Congo |
No Brasil
Segundo o relatório, o Brasil foi o segundo País que mais reduziu a taxa de mortalidade de recém-nascidos entre 1990 e 2011. A redução de 64% fica abaixo apenas do Peru, que diminuiu em 65% a taxa de mortalidade.
Para o estudo, uma das medidas que ajudaram o Brasil a melhorar a saúde da mãe e de seus filhos foi a criação do SUS (Sistema Único de Saúde), em 1988, “que proporcionou acesso universal à saúde”.
Em 1996, cerca de 30% das mães brasileiras não recebiam cuidados especializados durante a gestação e no parto. Já em 2007, o número de mulheres com acesso a esses cuidados chegou a 97%. Da mesma forma, lembrou a publicação, a taxa de mulheres de baixa renda com acesso ao pré-natal subiu de 53% para 93% no mesmo período.
Mesmo com avanços na saúde, saneamento e educação entre mulheres, as mães brasileiras ainda enfrentam grandes desafios, como o excesso de partos por cesariana, mortes maternas causadas por abortos ilegais e alto índice de partos prematuros.
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