sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Vítimas do césio-37 lutam por remédios


    Vinte e cinco anos após o acidente radioativo em Goiânia, vítimas e trabalhadores envolvidos com a limpeza dos locais contaminados com césio-137 ainda brigam na Justiça para ter acesso a indenizações e medicamentos. Os remédios que combatem as doenças decorrentes da radiação não são distribuídos há quase dois anos.
     Hoje, cerca de 500 vítimas do acidente recebem pensão do Estado e só 164 têm assistência médica do Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara). Desde novembro de 2010, porém, foi cortada a verba do centro por uma questão burocrática - os R$ 10 mil mensais para a compra dos medicamentos são um valor muito baixo para que seja feita uma licitação pública.
       O acidente, em 13 de setembro de 1987, teve início com o roubo de um antigo aparelho de radiografia, alojado no terreno onde antes funcionara um hospital. Dias depois, a peça de chumbo foi aberta por Devair Alves Ferreira, dono de um ferro-velho. Maravilhado com o brilho do pó azul contido em uma cápsula no interior do aparelho, Devair chamou vizinhos e a contaminação se espalhou por Goiânia. O caso só chegou às autoridades duas semanas depois.

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