terça-feira, 31 de maio de 2011

FHC defende descriminalização da maconha e diz: É preciso sacudir a sociedade

“Este é um tema a ser levado para todas as famílias, pois é muito próximo a nós do que parece. A gente tem de sacudir a sociedade”, afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à imprensa nesta segunda-feira (30/5). FHC é o principal entrevistado do documentário Quebrando o Tabu, que estreia nesta sexta-feira (3/6).

O filme, que documenta a falência da Guerra às Drogas, política implementada e exportada pelos Estados Unidos desde 1971, chegará aos cinemas 13 dias depois de manifestantes terem sido brutalmente reprimidos em São Paulo pela Polícia Militar na Marcha da Maconha. O movimento questiona a criminalização do usuário e pretende discutir alternativas à repressão e à prisão, como já acontece em Portugal, onde o consumo diminuiu.

FHC, que atualmente preside a Comissão Global de Política Sobre Drogas, diz que essa discussão tem de partir da sociedade, não do Legislativo. “Depende apenas de se ter as informações pertinentes. Existem setores não informados, mas que tomam partido na questão”. Na quinta-feira (2/6), a comissão irá apresentar um extenso relatório propondo alternativas no assunto. “Não existem fórmulas, cada país tem de se adaptar. No Brasil, por exemplo, existe o problema social, enquanto na Suíça o uso da droga é encarado como problema de saúde”.Legislação brasileira e mundial
No Brasil, as principais discussões em torno da política de drogas acontecem no Conad (Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas). Atualmente, o usuário que é pego com pequena quantidade de droga não pode ser preso, mas mesmo assim terá sua ficha suja. Porém, a lei não define a quantidade de droga que diferencia usuário ou traficante, cabendo ou ao policial ou ao juiz a tipificação. “Isso gera um problema porque o policial pode extorquir. Ou, se quem for pego vier de uma comunidade pobre o tratamento será diferente”, argumenta Ilona Szabó, corroteirista de Quebrando o Tabu. “Se descriminalizar, rompe a relação com a polícia”, complementa a roteirista, que defende a descriminalização da maconha e uma política eficaz de redução de danos como alternativas.


Do blog...
Quem tem que tomar uma sacudida são esses caras. Se houver a descriminalização das drogas, muita gente vai deixar de plantar arroz, feijão e outros, para plantar maconha, afinal de contas o mercado será muito bom.
Sem falar que a maconha é a porta para o uso de outras ainda mais fortes e destrutivas. Quem sabe o Sr Fernando Henrique Cardoso, em vez de ficar falando asneiras por aí, não se preocupa em erradicar a fome e as desigualdades sociais, que ele ajudou a aumentar ainda mais durante seu governo.

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